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Azorivitrina angulosa

Azorivitrina angulosa

Notas taxonómicas

Este grupo foi revisto em Mordan e Frias Martins (2001).


Justificação
Embora falte informação quantitativa, a história destes últimos 30 anos mostra que há uma redução severa na disponibilidade desta espécie, nomeadamente a sua ausência do material recolhido nos últimos cinco anos. A espécie está agora restrita ao tipo de localidade e tem uma extensão de ocorrência inferior a 100 km2 e uma área de ocupação inferior a 10 km2. O seu tipo de localidade (topo do Pico Alto), para onde parece estar restrita, é já uma reserva natural. No entanto, devem ser consideradas medidas de proteção urgentes e mais fortes, nomeadamente o alargamento da área protegida a uma altitude mais baixa para proporcionar um habitat florestal adequado que possa permitir uma melhor fixação da humidade. Devido ao seu pequeno alcance e ao declínio na extensão e qualidade do habitat, esta espécie foi avaliada como Criticamente Ameaçada (CR).


Informação sobre o alcance geográfico

Esta espécie é endémica da ilha de Santa Maria, Açores.


Informação Populacional

Parece restringir-se ao Pico Alto a cerca de 500 m (Mordan e Martins 2001). Foi, contudo, recolhida na base da montanha em 1974 e no Pico das Cavacas em 1994 (A. Martins pers. comm 2010). Esta espécie é muito rara e não foi, durante os últimos 5 anos (A. Martins pers. comm. 2010), identificada nas últimas ações de monitorização em Santa Maria.


Informação sobre Habitat e Ecologia

Vive em habitats florestais de montanha, endémicos e secundários, sob folhas mortas e ramos em decomposição, e entre os rizomas de Hedychium gardneranum.


Informação sobre as Ameaças

É provavelmente a espécie mais rara do género nos Açores. Embora tenha sido recolhida na base do Pico Alto em 1974 e no Pico das Cavacas em 1994, está agora restrita ao topo do Pico Alto e não tem sido reportada nas viagens de recolha dos últimos 5 anos. A principal ameaça pode ser o desaparecimento do seu habitat endémico, uma vez que a adaptação da espécie ao habitat florestal secundário não tem sido bem-sucedida.


Informação sobre Ações de Conservação

O complexo do Pico Alto deve ser estritamente protegido na sua totalidade, até à sua própria base; a sua área florestal, incluindo a floresta secundária, deve ser deixada intocada. Atualmente apenas o topo do Pico Alto está protegido como uma reserva natural. O clima em Santa Maria (ponto mais alto cerca de 550 m) está a tornar-se mais seco (A. Martins pers. obs. 2010)

Algumas espécies ainda não descritas, estão circunscritas ao Pico Alto, e estão a tornar-se perigosamente raras ou em risco de já tenham desaparecido.