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Oxychilus agostinhoi

Oxychilus agostinhoi

Notas taxonómicas


Justificação
Esta espécie está restrita à ilha de Santa Maria nas Ilhas dos Açores (Portugal), onde tem uma distribuição muito pequena, com uma extensão atual de ocorrência (EOO) e área de ocupação (AOO) de 4 km2. A espécie era anteriormente conhecida de três localidades dentro de uma pequena área no Pico Alto e de Fontinhas, a sudeste da montanha. Não existem registos após 2008 de três das quatro localidades conhecidas (Fontinhas, e da encosta superior e sul do Pico Alto), com a única localidade conhecida provavelmente existente (apenas conchas) na encosta norte da montanha, com conchas encontradas em 2011. A espécie está ameaçada pela degradação e destruição do habitat, bem como pelo aumento da frequência de secas. A espécie é avaliada como Criticamente Ameaçada, com base na área restrita e num declínio contínuo na área e qualidade do habitat.

 


Informação sobre o alcance geográfico

Esta espécie é endémica da ilha de Santa Maria no arquipélago dos Açores (Martins et al. 1991, Cameron et al. 2012, A. Frias Martins pers. comm. 2016), onde a espécie tem uma distribuição muito pequena. A espécie era anteriormente conhecida de quatro localidades da ilha; a localidade do tipo em Fontinhas (Martins 1981), e de três localidades no Pico Alto (uma na encosta norte, uma no topo da montanha (recolhida nos anos 90), e uma na encosta sul). A espécie foi redescoberta em duas localidades na encosta sul e norte da montanha em 2008 (R. Cameron pers. comm. 2017), contudo em 2011, a espécie só foi encontrada na única localidade na encosta norte do Pico Alto (A. Frias Martins pers. comm. 2017). Assim, os únicos registos recentes da espécie (apenas conchas) são da encosta norte do Pico Alto, com conchas encontradas em 2011 (A. Frias Martins pers. comm. 2017).


Informação sobre a população

A espécie sempre foi encontrada em pequeno número. Quando foi descrita em 1981, foram recolhidos oito espécimes (um morto, sete vivos) na localidade na encosta sul do Pico Alto (Martins 1981). A espécie foi novamente encontrada no Pico Alto (localidades da encosta norte e sul) em pequeno número em 2008 (Cameron et al. 2012). Em 2011 os mesmos locais foram novamente revistados e a espécie não foi encontrada no local na encosta sul do Pico Alto (R. Cameron pers. comm. 2016), com conchas encontradas na localidade na encosta norte do Pico Alto em 2011 e 2017 (A. Frias Martins pers. comm. 2017). A espécie está provavelmente agora ausente da localidade e da encosta sul, no topo do Pico Alto.

Informação sobre Habitat e Ecologia

A espécie encontra-se principalmente nas florestas Laurissilva e Cryptomeria nas encostas superiores do Pico Alto. Quando foi recolhida pela primeira vez (Martins 1981), a espécie foi também encontrada em folhas de Hedychium gardnerianum introduzido.


Informações sobre as Ameaças

A espécie está ameaçada pela degradação e destruição do habitat, tal como através do cultivo de florestas de Cryptomeria nas encostas superiores do Pico Alto, bem como pela crescente frequência de secas.


Informação sobre Ações de Conservação

Não existem ações de conservação específicas para esta espécie. A restante localidade, provavelmente extinta na encosta norte do Pico Alto, encontra-se dentro da área protegida, Área Protegida para Gestão de Habitats ou Espécies do Pico Alto.